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Morre segundo jornalista palestino baleado por israelenses na Marcha do Retorno; mortos sobem a 42

Ahmed Abu Hussein teve o traslado para o hospital da Cisjordânia atrapalhado por Israel

Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal

 

 

Morreu nesta quarta, 25, no Hospital de Ramallah, na Cisjordânia, o jornalista Ahmad Abu Hussein baleado na cabeça por soldados israelenses quando cobria a manifestação da Grande Marcha do Retorno, na fronteira de Gaza, no último dia 13.

 

 

O estado de saúde de Hussein, que era crítico, se agravou ainda mais por causa das dificuldades criadas pelas autoridades israelenses para atrapalhar seu traslado para um hospital na Cisjordânia.

 

 

A remoção só foi permitida mais de 48 horas após ele ter sido baleado por israelenses e depois de esforços extenuantes de funcionários do governo palestino, segundo o presidente do Sindicato dos Jornalistas da Palestina, Nasser Abu Bakr.

 

 

Há mais de 11 anos Israel mantém um cerco ferrenho a Gaza, que impede a população de sair de seu território, sem a autorização israelense, nem mesmo para se dirigir a hospitais. O atendimento hospitalar na cidade também é dificultado porque o governo sionista tenta impedir até a entrada de medicamentos.

 

 

"As autoridades israelenses cometeram dois crimes contra Abu Hussein. Um ao baleá-lo na cabeça e outro ao atrasar sua transferência do hospital de Gaza para o de Ramallah”, declarou o dirigente sindical no dia do traslado do fotógrafo. O sindicalista recorda que Israel também negou atendimento a Hussein em seus hospitais.

 

 

Hussein é o segundo jornalista a ser morto por Israel enquanto trabalhava na cobertura da Grande Marcha do Retorno. O fotógrafo palestino Yaser Murtaja foi assassinado pelas forças de repressão de Israel no último dia 6. Os dois usavam coletes que os identificavam como profissionais de imprensa quando foram baleados.

 

 

Com a morte de Hussein, sobe para 42 o número de óbitos provocados pela repressão israelense à Grande Marcha do Retorno. Nesta sexta-feira, 27, ocorre a quinta semana de protestos, que se estendem até o próximo dia 15 de maio, data dos  70 anos da Nakba (catástrofe em tradução do árabe), quando Israel expulsou aproximadamente 800 mil palestinos de suas terras e casas para assentar em seu lugar colonos israelenses.

 

 

O direito dos palestinos poderem retornar ao território ocupado por Israel é assegurado pela própria ONU (Organização das Nações Unidas). Mas os sionistas nunca respeitaram esse direito. Até mesmo os filhos e netos desses palestinos são impedidos de conhecerem a terra dos antepassados.

 

 

Com informações do Middle East Monitor

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