Mulheres Palestinas processam companhia aérea Israelense por revista corporal invasiva
Três mulheres palestinas, residentes de Israel, estão processando duas companhias aéreas israelenses por revista corporal invasiva, o motivo da busca foi o perfil racial, em Belgrado antes do voo para Tel Aviv.
Três mulheres palestinas, residentes de Israel, estão processando duas companhias aéreas israelenses por revista corporal invasiva, o motivo da busca foi o perfil racial, em Belgrado antes do voo para Tel Aviv.
Conforme relatado por Al Jazeera, as jovens alegam que esse incidente "foi muito além de um aborrecimento e equivale a agressão sexual", durante a busca uma das mulheres chegou a desmaiar.
A revista durou 2 horas e as mulheres dizem que foram ameaçadas a não embarcarem no voo caso não concordassem com a revista completa.
As mulheres dizem que eram as únicas passageiras identificadas para uma revista corporal extra. "Eu ouvi o chefe de segurança dizer a uma funcionária que, se eu não tirasse meu sutiã, não iria subir no avião", disse uma dela à Al Jazeera sob condição de anonimato.
"Eu não podia falar. Foi um choque. Despiu completamente a parte superior do meu corpo. Foi doloroso".
Awni Bana, o advogado que representa as três mulheres, disse a Al Jazeera que suas clientes foram submetidos a uma revista geral simplesmente porque eram árabes.
"A revista foi injustificada. As mulheres não estavam agindo de forma suspeita e não havia nada sugerindo que as mulheres representavam uma ameaça à segurança ", afirmou Bana.
A defesa tem até 20 de outubro para responder às acusações, e após o tribunal nomeará uma data de julgamento em Tel Aviv.
Al Jazeera citou John Coyne, um especialista em segurança nas fronteiras, que disse que a revista corporal "deveria ser uma medida de segurança de último recurso e deveria ser sustentada por uma avaliação baseada em evidências que a pessoa está escondendo algo que representa uma ameaça". "Isso também deve ser realizado de forma respeitosa, que busca proteger a modéstia do sujeito e por uma pessoa do mesmo gênero".
Em uma declaração enviada à Al Jazeera, a companhia El Al disse que seus procedimentos de segurança estavam de acordo com todas as leis e regulamentos, observando: "Toda ação tomada por qualquer funcionário de segurança de El Al é monitorada de perto, e finaliza dizendo que El Al faz o seu melhor para manter todos os procedimentos de segurança respeitosos e tolerantes ".
Shatha Amer, um advogado da Associação para os Direitos Civis em Israel, disse que a política de perfil étnico das companhias aéreas israelenses não é "nova", acrescentando: "Por padrão, você é suspeito se você é árabe".
Fonte: Middle East Monitor
Tradução por: IBRASPAL
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