NENHUM PASSO ATRÁS: Deter o extermínio em Gaza e a intervenção sionista no Brasil

Em parceria com o jornal A Nova Democracia (AND), Ibraspal convoca um ato político nacional para condenar o genocídio em Gaza e a intervenção e perseguição políticas do nazi-sionismo no Brasil, dia 27 de maio de 2025, no Rio de Janeiro
Manifesto
NENHUM PASSO ATRÁS:
Deter o extermínio em Gaza e a intervenção sionista no Brasil
Ato Político para condenar o genocídio em Gaza e a intervenção
e perseguição políticas do nazi-sionismo no Brasil,
dia 27 de maio de 2025, no Rio de Janeiro.
Brasil, 4 de Abril de 2025
Depois de ser fragorosamente derrotado na sua primeira tentativa de subjugar o povo palestino e destruir a Resistência Nacional ao longo do ano de 2023-2024, “Israel” volta, neste momento, sua carga contra a Faixa de Gaza, contra a população civil, no intento de exterminar o povo palestino. De 7 de outubro de 2023 até a presente data, mais de 50.609 palestinos foram exterminados pelo projeto nazi-sionista e pelo governo de turno encabeçado pelo führer Benjamin Netanyahu – e, destes, mais 70% são mulheres e crianças. Desde que o cessar-fogo foi quebrado por “Israel” em 18 de março de 2025, já foram mais de 1.249 palestinos exterminados em maciços bombardeios. No mundo inteiro, cresce a solidariedade ativa com o povo palestino: do Oriente Médio e Norte de África à Europa, da Ásia à América, em todo o globo, em diferentes níveis, se eleva a voz de apoio à Resistência Palestina e de condenação a “Israel”.
É nesse contexto que, em todo o mundo e também no Brasil, assistimos ao crescimento da violação das mais básicas liberdades e garantias fundamentais. Nos Estados Unidos, o governo de extrema direita de Donald Trump e Elon Musk está deportando e cancelando vistos, à revelia, de jovens ativistas pró-Palestina e perseguindo a imprensa democrática, como o caso do portal Palestine Chronicle. Na França, ainda em 2023, o escritor antissionista Illan Pappé teve seu livro censurado; na Alemanha, tornou-se crime equivalente a antissemitismo defender publicamente o direito à resistência do povo palestino.
Por toda parte, os imperialistas e nazi-sionistas pretendem varrer a Palestina da consciência coletiva para mais facilmente exterminá-la. A violação, restrição e cerceamento das garantias fundamentais são armas às quais recorrem para tentar isolar e esmagar com genocídio o povo palestino e desarmar a Resistência Nacional.
Não podemos consentir!
Devemos combater todo o cerceamento ao direito de defender o povo palestino, como condição para apoiar ativamente a resistência do povo palestino.
No Brasil, avançam a intervenção e perseguição contra os defensores da causa Palestina
As violações, cerceamento e restrições às garantias fundamentais e liberdades democráticos – desde ameaças apócrifas a personalidades democráticas até assédio policial e judicial – estão crescendo, no Brasil, impulsionadas pela intervenção direta de entidades e organismos nazi-sionistas estrangeiros, através de redes de espionagem, instrumentalizando as forças policiais do Estado brasileiro, suas instituições, o sistema judiciário e mesmo a grande imprensa monopolista em solo pátrio.
O comunicador popular e ativista pró-Palestina, Thiago Ávila, foi várias vezes alvo de assédio policial por seus posicionamentos progressistas. Em 2024, ele foi detido pela Polícia Federal no Aeroporto de Guarulhos ao voltar de uma viagem do Líbano. Ele foi questionado arbitrariamente sobre com quem esteve e as intenções da viagem – quando, sabida e publicamente, Thiago fora realizar cobertura in loco das agressões sionistas contra aquela nação, num trabalho muito relevante para a sociedade progressista brasileira. Em 2025, Thiago foi alvo de ameaça de morte, entregue com documento oficial do Mossad. Ele não foi o único.
Em outubro de 2024, o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belo Horizonte – STIC-MARRETA recebeu, em sua sede, uma carta com mesmo formato, em que o “Mossad” condenava como absurdo o sindicato manter hasteada à frente de sua sede a bandeira Palestina, o identificava como “célula do Hamas no Brasil” – por seu destacado papel na politização dos operários da construção civil em apoio à Palestina – e ameaçava de morte aos dirigentes sindicais. Como o MARRETA, o Partido da Causa Operária (PCO) também é vítima de ataque à liberdade de organização, no caso, por meio de investigação do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), que o acusa de, “na verdade, ser uma organização terrorista islâmica, sediada no Rio de Janeiro e voltada à prática de atos antissemitas”. Membros da direção nacional também foram e tiveram parentes ameaçados de morte.
Em janeiro de 2025, a advogada Maira Pinheiro recebeu ameaças de morte e de estupro contra si e contra sua filha, de apenas 10 anos, por ter acionado a justiça contra um soldado sionista criminoso de guerra que passava pelo Brasil. Ela atuava em parceria com a Fundação Hind Rajab – de defesa dos palestinos pelo mundo – para fazer justiça frente aos crimes hediondos do nazi-sionismo. Maira teve ainda suas informações pessoais publicizadas, a facilitar a ocorrência de um atentado.
Todos esses casos, que revelam ativa e perversa tentativa de intimidar os brasileiros e brasileiras apoiadores da causa palestina, em nosso solo pátrio, aparentemente não mereceram maior mobilização das instituições oficiais do Estado e governo brasileiros em defesa de sua soberania.
De igual modo, a liberdade de imprensa também está sendo cerceada no contexto da perseguição aos defensores da causa palestina. O jornalista Breno Altman, em 2023, foi alvo de um inquérito da PF, a pedido do MPF e com base em processo movido pela Confederação Israelita do Brasil (Conib), por suposto crime de “antissemitismo”, em verdade, por sua opinião em apoio à Palestina e por ter entrevistado um célebre dirigente do Hamas, principal partido que compõe a Resistência Nacional Palestina contra o nazi-sionismo. Em 2025, por seu turno, o jornal A Nova Democracia também foi alvo de censura ilegal e supressão de seu canal no YouTube por supostamente “violar a política de organizações criminosas violentas”, que detalha que “não é permitido publicar no YouTube conteúdo que apoie, promova ou ajude organizações criminosas ou extremistas violentas. Essas entidades não podem usar o YouTube para nenhuma finalidade, incluindo recrutamento”. Isso se deu apesar de não existir, em solo pátrio, lei alguma que permita a censura prévia – esta, pelo contrário, vetada expressamente na Carta Magna brasileira – ou que considere as organizações da Resistência Nacional Palestina como “terroristas”. Mais: a jornalista e apresentadora do “Plantão Palestina” e do jornal A Nova Democracia, Ana Nascimento, foi assediada por agentes federais no Aeroporto de Guarulhos, em janeiro de 2025, quando viajava até a Turquia para participar da Conferência de imprensa pró-Palestina pronovida pela organização Tawasol.
Perseguindo também os artistas, a Federação Israelita do Rio de Janeiro (FIERJ) processou o artista Nicolas Bezerra, estudante da Escola de Belas Artes (EBA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, acusado de “crime racial ou religioso” por ter feito cartazes em defesa da Resistência Palestina e de denúncia aos crimes de guerra e de genocídio praticados na Faixa de Gaza. O caso comoveu a EBA, que se mobiliza em sua defesa. Perseguições também ocorreram contra os professores da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC), Reginaldo Nasser e Bruno Hubermann, e contra o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salem Nasser, todos denunciados e perseguidos por “atissemitismo”, por se posicionarem a favor da causa palestina e contra o genocídio promovido pelo Estado nazi-sionista de “Israel”.
No meio judicial e policial, os nazi-sionistas avançam para estabelecer precedentes legais de criminalização da defesa à Palestina. As prefeituras de São Paulo e do Rio de Janeiro foram duas que aprovaram conceitos de antissemitismo confundidos com o antissionismo – dizendo, por exemplo, que “acusar o Estado de Israel de nazismo é uma forma de antissemitismo, pois nega ao Estado judeu o direito de existir e se defender” – e, assim, criminalizar, de fato, a causa palestina.
Ao mesmo tempo, cumprindo ordens da gendarmeria norte-americana FBI, a Polícia Federal deteve Muslim Abuumar, professor palestino que veio visitar o irmão no Brasil, assim que desceu do avião no aeroporto de Guarulhos e ficou sob custódia ilegalmente por três dias, em junho de 2024. Tudo sob a inaceitável justificativa de que ele estaria em uma lista de “terroristas” do FBI (a qual não tem nenhuma jurisdição no território brasileiro), numa clara violação da soberania de nosso País, até ser deportado mesmo frente a ausência de motivação legal.
Noutro caso, por fim, três brasileiros foram presos acusados de pertencer ao grupo libanês Hezbollah e de planejar “ataques terroristas contra pessoas e instituições judaicas ou israelenses em território brasileiro”. Seus nomes são Michael Messias, Lucas Passos Lima e Jean Carlos de Souza. A Polícia Federal foi a responsável por todo o inquérito, diligências e prisão. No momento, Lucas Passos segue preso e foi condenado a 16 anos de prisão, ao total arrepio da lei, numa excrecência jurídica em que abundam motivos para ser absolvido, pela ausência de provas que o justifiquem. É urgente exigir a libertação imediata de Lucas Passos Lima.
Levantar a voz contra o genocídio em Gaza,
em apoio à Resistência e contra a intervenção sionista no Brasil
O assédio judicial e policial que se verifica, com investigações e processos movidos por entidades nazi-sionistas estrangeiras operando em solo pátrio, é um escárnio, em particular, porque conta com a condescendência das instituições oficiais do Estado e governo brasileiros. Na imensa maioria dos casos, processos ou investigações não têm sequer objeto que a justifique e a mera permissão a que esses processos e investigações se instaurem e prosperem são, já, uma violação.
Estamos assistindo a um triste espetáculo em que as polícias brasileiras e as procuradorias estatais estão sendo instrumentalizadas, quais vassalos do FBI e dos demais serviços de inteligência norte-americanos e nazi-sionistas do genocida Netanyahu em solo brasileiro, para realizar perseguição política e assédio à liberdade de opinião, de expressão e de organização – atentando contra a própria Constituição –, como é evidente no caso do professor Muslim Abuumar e dos três brasileiros acusados de integrar o Hezbollah (organização que não é terrorista para o judiciário brasileiro). Isso ocorre sob as barbas do governo federal, que se recusa a romper relações diplomáticas e comerciais com “Israel”, bem como nada faz para denunciar os crimes hediondos praticados pelo nazi-sionista Benjamin Netanyahu, ao mesmo tempo em que, num contraste, pronuncia palavras de condenação ao genocídio na Faixa de Gaza.
Por seu turno, a mesma ofensividade das instituições, como o Ministério Público ou a Polícia Federal, submetidos ao governo brasileiro, não se verifica para apurar as ameaças de mortes contra ativistas pró-palestinos ou para investigar, deter e punir criminosos de guerra que, desde o Brasil, vangloriam-se de terem executado dezenas de árabes palestinos – como o caso dos soldados israelenses que, de férias no Morro de São Paulo, partícipes do genocídio em Gaza, filmaram seu próprio brinde: “Amém, e que todos os árabes morram!”, num ambiente asqueroso preenchido com risadas de hienas.
Nesses tempos de tempestades globais contra o imperialismo e o nazi-sionismo, tempos de tentativas de exterminar o povo palestino de uma vez por todas, é peremptório que todos os democratas e progressistas, todos os oprimidos e explorados, a classe operária, o campesinato, os pequenos e médios proprietários com mentalidade progressista, estudantes, professores e intelectuais honestos, se posicionem e se mobilizem para deter o genocida Benjamin Netanyahu, em apoio à Resistência Nacional Palestina e suas organizações de luta pela libertação nacional. Não fazê-lo é ser cúmplice desse criminoso de guerra. Não podemos entrar para história como um povo que se calou frente a crimes bárbaros contra a Humanidade. No Brasil, continuaremos a levantar nossas vozes denunciando cada ato desse novo monstro nazista.
Para tanto, convocamos um Ato Político para denunciar e deter o extermínio em Gaza e a intervenção sionista no Brasil, a realizar-se no Rio de Janeiro, no dia 27 de maio.
Nazi-sionistas não passarão!
Viva a Resistência Nacional Palestina!
Deter o extermínio nazi-sionista do povo palestino!
Abaixo o governo genocida de Netanyahu!
Abaixo a intervenção e perseguição nazi-sionista no Brasil!
Defender as organizações e a imprensa democráticas pró-Palestina!
Liberdade já para Lucas Passos Lima, preso político do FBI e do Mossad!
Assinam:
- Instituto Brasil Palestina (IBRASPAL)
- Jornal A Nova Democracia
- Comissão Organizadora da Liga Anti-imperialista Internacional no Brasil (CoLAI – Brasil)
- Samidoun – Rede de Solidariedade aos Presos Palestinos
- Thiago Ávila, ativista e comunicador pró-Palestina
- Maira Pinheiro, advogada pró-Palestina e alvo de perseguição sionista
- Nicolas Bezerra, artista gráfico pró-Palestina e alvo de perseguição sionista
- Abdel Latif Hasan, membro da comunidade palestina no Brasil
- Jamile Abdel Latif, membro da comunidade palestina no Brasil
- Ana Nascimento, jornalista e apresentadora do jornal A Nova Democracia
- Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo (FRDDP)
- Ligas dos Camponeses Pobres (LCP)
- Liga Operária
- Frente Palestina Livre – Santa Catarina
- Comitê pela Paz na Palestina, contra o genocídio e o apartheid
- Muhamad Husein, coordenador da Rede Universitária de Solidariedade ao Povo Palestino
- Yasser Jamil Fayad, coordenador do Movimento pela Libertação da Palestina – Ghassan Kanafani
- Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (CEBRASPO)
- Associação Brasileira de Advogados do Povo – Gabriel Pimenta (ABRAPO)
- Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania – Belo Horizonte/MG
- Comitê Anti-imperialista general Abreu e Lima
- Comitê de Solidariedade ao povo da Palestina – Distrito Federal
- Frente Gaúcha de Solidariedade ao Povo Palestino
- Movimento Classista dos Trabalhadores em Educação (MOCLATE)
- Movimento Feminino Popular (MFP)
- Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR)
- Unidade Vermelha – Liga da Juventude Revolucionária (UV-LJR)
- Frente Revolucionária dos Trabalhadores – Rio de Janeiro (FRT-RJ)
- Alvorada do Povo
- Mangue Vermelho
- Coletivo Filhos do Povo
- Coletivo Carcará
- Coletivo Cultural Renato Nathan (CORENA)
- Árabes e Judeus Pela Paz
- Frente Cearense de Apoio à Resistência Palestina
- Mansur Peixoto, Criador e administrador do projeto História Islâmica
- Carol Almeida, curadora e pesquisadora de cinema
- Renata de Oliveira Silva, do Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino
- Maria Dirlene Trindade Marques, do Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino
- Frente Revolucionária dos Trabalhadores (FRT)
- Partido Comunista Dos Trabalhadores Brasileiros (PCTB)
- Ali Reza Mirjalili, do movimento Cultura Irã e Brasil
- Humberto Santos de Souza, do Comitê Mineiro de Solidariedade à Palestina
- Claudia Rodrigues de Souza, PSOL/Joaçaba
- Cristina De Marco, PSOL/Joaçaba
- Clio Santos, PSOL
- David Batista Batella, Mestre em História Social pela Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES
- Tribuna do Trabalhador/Rádio Favela BH
- Rosmary Aguayo Pintos, Comitê Mineiro de Solidariedade ao Povo Palestino
Para assinar enquanto organização, movimento ou personalidade, acesse:
https://docs.google.com/forms/d/1mLvLTyuDHHhBP7j4r6qejHgOr7g92WClgbJA_4h3eoQ/edit
Contribua com a manifestação por meio do link abaixo:
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