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O AMOR VENCEU O APARTHEID!

Ativistas conseguem derrubar regra israelense que criava o "Apartheid do amor".

Foram revogadas as cláusulas mais discriminatórias das novas regras de viagem à Palestina. 

 

Estabelecidas pelo Apartheid israelense e denunciadas ao mundo pela BBC em 2 de setembro deste ano, essas cláusulas renderam ao documento o apelido de "Apartheid do amor".

 

De acordo com documento publicado em site oficial do regime, Israel poderia exigir saber de visitantes internacionais se eles nutriam "interesses amorosos" por cidadãos palestinos.

 

O mais grave é que Israel se reservaria o direito de usar essa informação para limitar direitos básicos tanto de palestinos quanto dos visitantes.

 

Em caso de resposta positiva, pessoas nesta situação seriam, por conta de seus afetos pessoais, banidas de visitar a Palestina por 27 meses.

 

Apesar do apelido, a regra buscava também prejudicar outros setores da vida na Palestina. 

Outra cláusula do documento, por exemplo, buscava sufocar as relações acadêmicas do povo palestino com a comunidade internacional.

 

Israel limitaria a 100 o número de estudantes internacionais e a 150 o número de professores internacionais permitidos em universidades palestinas anualmente. 

 

Todos os nomes estariam sujeitos à aprovação prévia de Tel-Aviv. 

 

Esta cláusula faria parte de um aprofundamento do silenciamento da sociedade civil palestina, intensificado com a recente criminalização dos movimentos sociais e ONGs palestinas em outubro de 2021.

 

Israel não apenas busca isolar o povo palestino do mundo, como se crê no direito de controlar onde você pode ou não estudar e quem você pode ou não amar.

 

A divulgação dessas normas revoltou a todos aqueles que têm algum respeito pela liberdade humana. 

 

Movimentos de defesa de direitos humanos palestinos e israelenses se uniram e conseguiram, dias depois, a derrubada desas regras. 

 

Se aprovadas, elas representariam um grave aprofundamento do já desumano regime de Apartheid israelense.

 

Como resultado da atuação de grupos como HaMoked, B'Tselem e Al-Haq, entre outros, Israel divulgou uma nova versão do documento, no dia 4 de setembro, já sem suas cláusulas mais abertamente racistas.

 

Esta vitória mostra a necessidade da denúncia constante aos crimes do Apartheid israelense, bem como as possibilidades que a atuação da sociedade civil organizada de todo o mundo levanta. 

 

Pois, apesar de tudo, ainda é possível fazer a diferença na luta em defesa dos direitos do povo palestino.

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    postado por: Caio Porto
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