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ONU responsabiliza Israel por catástrofe em Gaza

A denúncia foi feita a pedido da Bolívia e do Kuwait. Segundo o embaixador boliviano, Sacha Llorentli Soliz, o emissário da ONU relatou aos membros do Conselho de Segurança da Organização que a situação em Gaza é extremamente grave e que falta inclusive água potável para a população e que vários hospitais já foram fechados

Por Lúcia Rodrigues

Ibraspal

 

O enviado da ONU (Organização das Nações Unidas) para o Oriente Médio, Nickolay Mladenov, responsabilizou Israel pela catástrofe humanitária na Faixa de Gaza, ao informar o Conselho de Segurança da Organização sobre a situação em território palestino. A denúncia foi feita a pedido da Bolívia e do Kuwait.

 

Segundo o embaixador boliviano, Sacha Llorentli Soliz, Mladenov relatou aos membros do Conselho de Segurança da ONU que a situação em Gaza é extremamente grave e que falta inclusive água potável para a população e que vários hospitais já foram fechados.

 

O emissário da ONU também atribui o bloqueio imposto por Israel e pelos Estados Unidos como o responsável pela deterioração do padrão de vida e pelo aumento do desemprego na região, que saltou para 60% nos últimos três anos, quando Israel intensificou os ataques contra o território sitiado por suas forças de repressão.

 

A UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina) que atende mais da metade da população de Gaza também teve suas verbas reduzidas drasticamente pelo governo estadunidense.

 

"Mais de um milhão de palestinos que vivem em Gaza dependem da ajuda fornecida por agências humanitárias, como a UNRWA. O bloqueio e as agressões da guerra israelense aumentam a pobreza, o desemprego e a insegurança alimentar. Os palestinos de Gaza também sofrem com a interrupção de energia. A população só tem acesso a quatro horas por dia de eletricidade", alerta o presidente do Ibraspal (Instituto Brasil Palestina) Ahmed Shehada.

 

Ele explica que o corte no fornecimento de energia e água potável, além do fechamento de hospitais é uma retaliação à eleição do Hamas. "Que exige o levantamento do cerco israelense e a abertura das fronteiras e o fim das sanções impostas à Faixa de Gaza pela Autoridade Palestina."

 

O apoio da Bolívia e do Kuwait foi recebido com satisfação por Shehada. "Agradeço ao governo, ao povo da Bolívia e a seu valente presidente, Evo Morales, pelo apoio ao nosso povo. Assim como também agradeço ao Estado do Kuwait, a sua generosa população e ao Amir Sabah al-Ahmad al-Jabir al-Sabah", enfatiza o presidente do Ibraspal.

 

Ocupação

 

O embaixador palestino Riyad Mansour antecipa que o presidente da Cisjordânia, Mahmoud Abbas, irá pedir ao Conselho de Segurança da ONU, no próximo dia 20, para determinar o cumprimento das resoluções da Organização, para por fim a ocupação dos territórios invadidos a partir de 1967.

 

A guerra devastadora de Israel contra Gaza e Cisjordânia já matou milhares de palestinos desde a ocupação do território em 1948.

 

Com informações do Washington Post e da Associated Press

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