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Os palestinos enfrentam o plano de anexação de todas as formas, e poderão superar a crise da covid-19

O encontro on-line organizado pelo Instituto Brasil-Palestina "Ibraspal" aconteceu no último dia 4 de julho. Na ocasião, participaram o Dr. Basem Naim, Presidente do Conselho de Relações exteriores e ex-Ministro da Saúde da Palestina, o Dr. Alexandre Padilha, deputado federal e ex-Ministro da Saúde do Brasil. Também estiveram presentes membros do Ibraspal.

O evento teve como objetivo debater a situação da Palestina frente aos perigos que os cidadãos daquele país estão sofrendo devido à pandemia e aos cercos israelenses com o iminente confronto devido às ameaças de anexação de partes do território palestino por parte dos invasores. O encontro foi mediado pela jornalista Juliana Medeiros que cobriu a crise da Covid-19 na Palestina e no Brasil e as formas de combater essa pandemia que tem virado o mundo de pernas para o ar.

A reunião foi aberta pelo presidente do instituto Ibraspal, Dr. Ahmed Shehada que expressou sua gratidão pelo esforço de todos que contribuíram para realizar esse importante encontro em nível internacional.

Dr. Naim elogiou a posição brasileira em apoio à causa palestina, observando que o relacionamento do povo brasileiro e suas posições em apoio à causa palestina não será afetado pelo que o Brasil está atualmente sujeito devido o controle externo e ao desequilíbrio em suas políticas devido à mudança na postura do atual governo.

Dr. Naim expressou sua esperança de que a ajuda chegue ao povo palestino, especialmente a Faixa de Gaza, onde é difícil atender às necessidades diárias para combater o vírus, apontando que, apesar de todas as dificuldades e do cerco sufocante, Gaza está tentando cumprir seu dever e enfrentar a crise de forma otimista, impondo medidas preventivas da melhor forma possível.

Em seu discurso, Naim falou da situação atual na Faixa de Gaza após 14 anos de contínuo cerco israelense, que instituições internacionais afirmam ter se tornado um lugar não habitável à luz de um bloqueio econômico, político e social que destruiu a infraestrutura e o alto nível de desemprego e expôs a vida e a saúde da população a um sério perigo sem os medicamentos e apoio necessários e sem alcançar adequados cuidados de saúde para combater a coronavírus.

O presidente do Conselho de Relações discutiu o plano de anexação israelense, que o povo palestino considera uma terceira catástrofe que ameaça a estabilidade na região e no mundo em geral, enfatizando também a posição unida dos palestinos contra esse plano e a necessidade de confrontá-lo com todos os meios disponíveis.

Em seu discurso, o ex-ministro da saúde e atual Deputado Federal, Dr. Alexandre Padilha expressou sua solidariedade com a justa causa do povo palestino e seu papel no apoio a esta questão, condenando a opressão devido a ocupação israelense desse povo, e a brutalidade e o desrespeito da ocupação às leis internacionais.

Padilha afirmou que grande parte do povo brasileiro tem vergonha da política externa do governo do Bolsonaro, que está sujeita ao domínio da extrema direita, que também incita ao ódio e à intolerância e é aliada à ocupação israelense e mostra um desequilíbrio em suas atitudes em relação à posição brasileira que apoiou e sempre vai apoiar o povo palestino, e um aliado contra todas as formas de repressão e ocupação.

Dr. Padilha afirmou que o Comitê de Solidariedade com o Povo Palestino no Brasil levará os dados a todo vapor que o Dr. Naim apresentou às organizações internacionais de direitos humanos, apontando para a demanda dos parlamentares brasileiros de julgar a ocupação israelense por seus crimes cometidos contra pessoas inocentes na Palestina.

O ex-ministro da Saúde brasileiro apontou que a retórica de extrema direita que ressoa no mundo e apoia o governo e a política de ocupação israelense, procura tirar proveito da crise do Covid-19 para fortalecer os mecanismos de repressão e promover sua política externa isolacionista e racista contra outros povos.

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