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Palestina afirma que as vacinas chegarão em março e acusa Israel de não cumprir obrigações

Grupos de direitos humanos, incluindo a Anistia Internacional, argumentam que Israel tem a obrigação legal de fornecer vacinas aos palestinos sob ocupação.

Por Nidal al-Mughrabi

 

A Autoridade Palestina disse no domingo que espera receber as primeiras doses de uma vacina para COVID-19 em março, sob um acordo com a fabricante de remédios AstraZeneca, e acusou Israel de se esquivar de seu dever de garantir que as vacinas estejam disponíveis no território ocupado.

 

Israel se tornou o líder mundial em vacinas per capita, mas os palestinos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza ocupadas por Israel ainda não garantiram seus primeiros suprimentos.

 

Yasser Bozyeh, o diretor-geral palestino de saúde pública, disse à Reuters que além de chegar a um acordo de princípio com a AstraZeneca, os palestinos também tentaram garantir suprimentos da Moderna, Johnson & Johnson e da Rússia, que desenvolveu a vacina Sputnik V.

 

Os suprimentos também viriam por meio de um programa de vacinas da Organização Mundial da Saúde (OMS) para países pobres e de renda média.

 

O Ministério das Relações Exteriores palestino disse em um comunicado que Israel tem "ignorado seus deveres como potência ocupante e cometido discriminação racial contra o povo palestino, privando-o de seu direito à saúde".

 

"A busca dos líderes palestinos para garantir vacinas de várias fontes não isenta Israel de suas responsabilidades para com o povo palestino no fornecimento das vacinas", disse ele.

 

Sob os acordos de paz provisórios com Israel, a Autoridade Palestina exerce autogoverno limitado na Cisjordânia. Os islâmicos do Hamas comandam a Faixa de Gaza.

 

O programa de vacinação de Israel cobre os cidadãos árabes e palestinos residentes em Jerusalém Oriental.

 

Na Cisjordânia, o governo administrou vacinas a colonos israelenses, mas não a residentes palestinos, que recebem serviços de saúde da Autoridade Palestina.

 

Grupos de direitos humanos, incluindo a Anistia Internacional, argumentam que Israel tem a obrigação legal de fornecer vacinas aos palestinos sob ocupação.

 

As autoridades israelenses disseram que poderiam compartilhar as vacinas com os palestinos assim que as necessidades de Israel fossem atendidas.

 

(Relatório de Nidal al-Mughrabi em Gaza e Ali Sawafta em Ramallah Editado em espanhol por Javier López de Lérida)

 

Fonte: www.infobae.com

Tradução: IBRASPAL

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