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Palestina renuncia à presidência do Conselho da Liga Árabe para protestar contra a normalização de Israel

O ministro das Relações Exteriores, Riyad al-Maliki, disse que a Palestina foi submetida a 'pressão e chantagem' na Liga Árabe após o acordo de normalização entre Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Israel.

A Palestina decidiu na terça-feira desistir de seu direito de presidir o conselho da Liga Árabe em sua sessão atual em resposta ao acordo de normalização entre os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Israel.

O ministro das Relações Exteriores da Palestina disse, entretanto, que a Palestina não se retirará do corpo dirigente da Liga Árabe, do qual a Organização para a Libertação da Palestina é membro desde 1976, porque sua retirada “criará um vácuo”.

Maliki disse a repórteres em uma coletiva de imprensa em Ramallah que seu país tem sido sujeito a “pressões e chantagens” de partidários da normalização na liga.

“Cada país tem sua capacidade de resistir a pressões e chantagens, principalmente quando se trata de agentes exclusivos de normalização com a ocupação”, disse.

"Infelizmente, o secretariado geral da Liga Árabe tomou a decisão de ignorar a normalização [acordo] dos Emirados, e não emitiu uma decisão que o condene", acrescentou ele, referindo-se à última sessão da liga em 9 de setembro.

Maliki disse, que o acordo dos Emirados Árabes Unidos e do Bahrein com Israel fez com que os palestinos se sentissem "como estranhos em um cenário que nada tem a ver com árabes e arabismo e que estabelece as bases para uma era de capitulação ao inimigo".

O ministro destacou a adesão de seu governo à Iniciativa de Paz Árabe, que estipula que a normalização só pode ocorrer após a retirada de Israel dos territórios ocupados.

"É lamentável que alguns países árabes estejam com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu enquanto aderimos à iniciativa árabe ao máximo."

Os Emirados Árabes Unidos e Bahrein assinaram um acordo patrocinado pelos Estados Unidos para normalizar suas relações diplomáticas em 15 de setembro.

O acordo, apelidado pelo presidente dos Estados Unidos Donald Trump de Acordo de Abraham, foi denunciado pelos palestinos como uma traição árabe de sua luta contra a ocupação israelense.

Trump previu que cinco outros países árabes assinarão acordos semelhantes com Israel, mas não citou nenhum.

 

Fonte: Middle East Eye

Tradução: IBRASPAL

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