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Palestino processa empresa holandesa por fornecer cães de ataque a Israel

O jovem palestino Hamzeh Abu Hashem sofreu vários ferimentos ao ser atacado por cães instigados por soldados israelenses quando participava de um protesto, em 2014, contra um assentamento ilegal de judeus próximo a Karmei Tzur, em Hebron.

Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal

 

O jovem palestino Hamzeh Abu Hashem está processando a empresa holandesa Four Winds K9 fornecedora de cães de ataque para as forças de repressão de Israel. Ele sofreu vários ferimentos ao ser atacado por cães instigados por soldados israelenses quando participava de um protesto, em 2014, contra um assentamento ilegal de judeus próximo a Karmei Tzur, em Hebron.

 

Na ocasião, Abu Hashem teve várias partes do corpo mordidas enquanto era segurado por um soldado e outro instigava o cão contra ele. O ataque foi registrado em vídeo e divulgado pelo grupo de direitos humanos B'Tseleme. Nele é possível ouvir os gritos de dor do rapaz e xingamentos dos soldados israelenses. Após ter sido ferido, o Abu Hashem ainda foi preso pelos militares.

 

Advogados de direitos humanos que o representam na ação afirmam que a empresa sabia que os cães eram usados para atacar palestinos nos territórios ocupados por Israel. A Four Winds K9 se defende alegando que apenas o exército israelense é responsável pelo uso dos animais.

 

O grupo de direitos humanos Al-Haq ressalta que cães militares "são usados intencionalmente pelas forças de repressão israelenses, para aterrorizar e morder palestinos, especialmente, durante protestos e ataques noturnos".

 

Posteriormente a uma declaração dada pelo co-proprietário do Four Winds K9, Tonny Boeijen, se vangloriando de que 90% dos cachorros usados ​​pelos militares israelenses eram fornecidos por sua empresa, foi solicitado ao governo holandês que suspendesse a exportação dos animais. Mas o Executivo daquele país não acatou o pedido, alegando não ver base legal para a proibição.

 

Em 2016, a empresa anunciou que já não fornecia mais cães para ataque, apenas para a caça. "Não tivemos a intenção de violar os direitos humanos", alegou a co-proprietária Linda Boeijen à época.

 

Com informações do Midlle East Monitor

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