O parlamento israelense aprovou preliminarmente a pena de morte para os culpados de "terrorismo", a fim de facilitar a execução de prisioneiros palestinos condenados por ataques de represália.

O projeto de lei, aprovado na quarta-feira com 52 votos a favor e 49 contra, foi apresentado pelo partido israelense de extrema-direita Yisrael Beitenu, liderado pelo ministro israelense de Assuntos Militares, Avigdor Lieberman, famoso por seus polêmicos cargos e declarações e anti-palestino.

 

A medida, que ainda não passou três rodadas de votação para se tornar lei, foi criticada por esquerdistas israelenses, enquanto setores à direita e aqueles próximos ao primeiro-ministro israelense, Benyamin Netanyahu, elogiaram sua aprovação. A este respeito, o vice-ministro israelense de assuntos militares, Tzipi Hotolevy, descreveu a iniciativa como "moral e justa".

 

Além disso, o primeiro-ministro israelense apareceu hoje no parlamento e defendeu a proposta de pena de morte para prisioneiros palestinos condenados por atos "terroristas".

 

No entanto, houve uma oposição da delegação da União Europeia (UE) ao regime de Tel Aviv, que questionou os regulamentos e rejeitou a sua aprovação no parlamento israelita.

 

Do mesmo modo, o Centro Palestino para os Direitos Humanos (PCHR) advertiu que o regime israelense, com este projeto de lei, busca legitimar o assassinato de palestinos.

 

"O PCHR enfatiza que esse tipo de legislação faz parte de uma tentativa israelense de legitimar uma prática já existente, isto é, [a prática] de assassinar palestinos e realizar execuções extrajudiciais", disse o comunicado publicado por este. entidade não governamental.

 

Ele também lembrou que o regime israelense, mesmo sem este projeto de lei, mata os palestinos e, como prova disso, aludiu ao caso de Ibrahim Abu Thuraya, um palestino incapacitado, com as duas pernas amputadas - ele perdeu as pernas e um olho em 2008 em um ataque aéreo israelense - que foi morto há duas semanas pelas forças de guerra israelenses (IDF) enquanto participava de uma manifestação.