Projeto impede importação de bens, serviços e recursos naturais de assentamentos ilegais

Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal

 

Os senadores irlandeses aprovaram nesta quarta, 11, um projeto de lei que prevê o boicote aos produtos fabricados em assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada.

 

A medida é importante porque pode tornar a Irlanda o primeiro país da União Europeia a boicotar Israel e gerar um efeito dominó nos demais membros do grupo.

 

O texto aprovado por 25 parlamentares impede a importação de bens, serviços e recursos naturais originários de assentamentos ilegais em territórios ocupados. Vinte quatro senadores votaram contra o projeto e 14 se abstiveram.

 

A pedido de Israel, o governo irlandês solicitou em janeiro que a votação fosse adiada e buscou amenizar o texto do projeto, mas não conseguiu chegar a um acordo.

 

Para o Ministério de Relações Exteriores de Israel, o Senado irlandês ao aprovar o texto deu apoio a uma iniciativa populista, perigosa e extremista contra Israel.

 

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, havia procurado a embaixadora irlandesa em Israel, Alison Kelly, para pressionar contra  a aprovação do projeto de lei, argumentando que o boicote à produção dos assentamentos de colonos pode facilmente se expandir para o apoio ao movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções).

 

A embaixada de Israel na Irlanda também declarou na semana passada que um projeto de lei que propõe a proibição da compra de produtos feitos em assentamentos israelenses "dará poderes aos terroristas".

 

Para se transformar em lei, o documento precisa ser aprovado nas duas casas do Parlamento.

 

Com informações do Middle East Monitor