Soldados israelenses atiram contra grevistas na Cisjordânia e em Gaza
Trinta e sete palestinos foram feridos por arma de fogo e um jornalista por bala de borracha
Por Lúcia Rodrigues
Ibraspal
Soldados israelenses atiraram contra centenas de palestinos que participavam da greve contra a legislação de Israel que transforma os territórios ocupados em um Estado judeu, tornando inclusive o hebraico sua língua oficial.
No protesto que ocorreu nesta segunda-feira, 1, os militares sionistas deixaram dezenas de feridos na Cisjordânia ocupada e em Gaza, onde as forças navais atacaram a partir do mar.
Trinta e sete palestinos foram baleados por disparos de armas de fogo, de acordo com a imprensa local. O estado de saúde dos feridos é considerado estável.
A principal repressão ocorreu em Ramallah, Nablus e Hebron. Em Al Bireh, próximo à cidade de Ramallah, um jornalista palestino foi ferido por uma bala de borracha e outros foram atingidos por bombas de gás lacrimogêneo.
Em Jerusalém, a polícia israelense atacou fiéis que estavam reunidos em frente ao Portão de Damasco. Os militares também invadiram o bairro de Jabal Al-Mukabbir, em Jerusalém Oriental, e atacaram manifestantes em Al-Azariya e Abu Dis.
A greve contra a lei de apartheid imposta pelos sionistas, iniciada por palestinos que vivem em Israel, paralisou instituições governamentais, financeiras, educacionais, comércio e transporte.
A greve de ontem teve um significado a mais. O protesto recordou o assassinato de 13 palestinos, em outubro de 2000, nas regiões da Galiléia e Wadi Ara. Os assassinatos desencadearam a Segunda Intifada.
Com informações de Middle East Monitor
DEIXE SEU COMENTÁRIO