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Vídeo da criança mártir, Faris Ouda, que enfrentou tanque de guerra

Durante o segundo mês da Intifada Al-Aqsa em 2000, a imagem da criança Faris Ouda ocupou os jornais e revistas internacionais

Na quarta-feira, 8 de novembro, o décimo sétimo aniversário do martírio de Fares Ouda.

Ouda foi morto enquanto enfrentava os tanques de ocupação israelenses no cruzamento de Karni a leste de Gaza, em 8 de novembro de 2000, quando uma bala atravessou seu pescoço e o matou.

Ele ficou famoso ao atirar uma pedra em um tanque israelense durante o segundo mês da Intifada Al-Aqsa. Sua imagem ocupou as páginas de jornais e revistas internacionais.

"Faris Ouda, que ainda não completou seu décimo quinto ano, viveu vários anos na resistência. Sua mãe disse que ele não era uma criança normal, “Quando tinha 6 anos não pedia para passear como outras crianças, ele dizia que queria expulsar a ocupação e eu respondia que quando ele crescesse, e que a pedra é mais importante que a arma”.

Quando Sharon tomou a Mesquita de Aqsa, o jovem não aguardou o início da intifada em Jerusalém Oriental, abriu a porta de sua modesta casa em Gaza e gritou na rua “Salah al-Din”, convocando os homens e até os idosos a apoiar o Haram al-Sharif.

No início de um de seus anos escolares, Fares tomou a decisão de querer mudar de escola, apesar de que sua escola da época fosse perto de sua casa. "Eu quero mudar da escola Shafi'i”, dizia ele, insistindo mudar pois era mais perto do locais onde estavam os soldados sionistas, tornando mais fácil para Fares sua tarefa mais importante.

Como cronograma diário, Fares ajudava seu irmão Muhammad e seu primo Shadi todos os dias a tomar banho, fazer wudu e orar. Então, os três jantavam e iam enfrentar os soldados com pedras. Em um dia atiraram em direção a Fares porem, de repente, a bala atingiu seu primo Shade. Após retornar para sua casa, sua mãe disse que ele estava com o rosto amarelo açafrão e contou o que aconteceu com seu primo.

Todos os dias desde o início da segunda intifada, Fares fugia da escola após a terceira aula, pulando o muro durante o intervalo, com suas roupas trocadas para que seu pai não o reconhecesse. Ele tinha um corpo pequeno mas lutava com toda a determinação, quebrando pedras e jogando nos tanques e mesmo com todo barulho ele não fugia e permanecia lutando. "Os ocupantes são nossos assassinos, eles levaram nossa pátria, eles levaram Al-Aqsa", disse Fares.

Temos que voltar a lembrar dessa heroica criança que se sacrificou confrontando as forças sionistas.  As crianças palestinas continuam a serem vítimas de ataques israelenses e continuam a enfrentar soldados israelenses em busca de sua infância roubada e terras ocupadas.

 

 

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